sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

O ISLAMISMO


COMENTARISTA:. Silas Daniel

TEXTO BÍBLICO (Mt 5.1-12)

ENFOQUE BÍBLICO
“Ouvistes o que foi dito: olho por olho, e dente por dente. Eu, porem, vos digo que não resistais ao mal; mas se qualquer te bater na face direita, oferece-lhe também a esquerda. ” (Mt 5.39,40)

OBJETIVOS
Mostrar a diferença entre a fé bíblica e a fé islâmica
Despertar os alunos a orarem pela salvação dos islâmicos, um dos maiores desafios para o evangelismo.
Destacar as crenças islâmicas



ISLAMISMO

O Islamismo é atualmente a segunda maior religião do mundo, dominando acima de 50% das nações em três continentes. O número de seus adeptos está entre 935 milhões e 1,3 bilhão de pessoas. É a religião que mais cresce no mundo.

No Brasil, o número de muçulmanos, de 2002 a 2005, cresceu, só no Estado de São Paulo, de 300 mil para 400 mil, sendo certo que hoje há, no país, cerca de 1,5 milhão de muçulmanos e 70 mesquitas.

I – A HISTÓRIA DE MAOMÉ E O SURGIMENTO DO ISLAMISMO

Nasceu em 570 em Meca, que já era um centro de peregrinação religiosa das tribos árabes, onde ficava a Caaba, um santuário onde ficava a Pedra Negra e ídolos das divindades árabes.

Membro da tribo coraxita, do clã dos haxemitas, teve infância e juventude modestas, órfão de pai logo após o nascimento e órfão de mãe aos 6 anos de idade, foi criado pelo avô paterno e, depois, por um tio, desde jovem, dedicou-se a prática da meditação e do jejum alcançou notoriedade em Meca por sua sabedoria e espírito filantrópico casa-se aos 25 anos de idade com Kadija, rica viúva, o que lhe dá independência financeira aos 40 anos, tem uma “revelação” em Meca – o anjo Gabriel lhe aparece e diz que Deus é único. Começa a revelação do Corão a Maomé. Depois de três anos da primeira “revelação”, Maomé começa a pregar que há um só Deus em Meca o crescimento de sua doutrina desperta oposição dos governantes e da elite de Meca.

Perseguido, Maomé foge para Yathrib (depois Medina) – é a Hégira, data inicial do calendário islâmico (622 d.C.)

Em Medina, Maomé é recebido e se torna governante da cidade, fazendo várias alianças políticas com tribos vizinhas, inclusive por meio de vários casamentos.

Aproxima-se dos judeus da cidade, mas como eles se recusam a abraçar o Islamismo, persegue e chega até a eliminar uma das tribos judaicas do local.

Em 630, finalmente conquista Meca, implantando ali sua religião.

Morre em 632 em Meca. Está sepultado na mesquita de Medina, a primeira mesquita islâmica do mundo.

II – A HISTÓRIA DO ISLAMISMO DEPOIS DE MAOMÉ

Com a morte de Maomé, é escolhido “califa” (sucessor do Profeta), Abu Bakr, pai da mulher predileta de Maomé, a jovem Aisha

Abu Bakr morre em 634 e é sucedido por Omar, genro de Maomé, que é assassinado em 644

Em lugar de Omar, é escolhido Otmã, outro genro de Maomé, que foi morto por rebelião popular em 656.

Sucessão de Otmã gera guerra civil entre Ali, outro genro de Maomé e Muwyiah, governador da Síria.

Os muçulmanos dividem-se em dois grupos, existentes até hoje:

a) xiitas – “os partidários de Ali” – Ali foi sucessor de Maomé, assim como sua descendência.
b) sunitas – defensores da Sunnah, ou seja, da tradição – Maomé não designou sucessor.

III – AS DOUTRINAS DO ISLAMISMO

As seis crenças do Islão:

a) A crença em um Deus Único;
b) A crença nos Anjos;
c) A crença nos Livros Sagrados;
d) A crença nos Mensageiros;
e) A crença no Dia do Juízo Final e;
f) A crença no Destino.

Crença básica do Islamismo — há um só Deus (“Alá é o único Deus”).

Os islâmicos entendem que Deus é uma só Pessoa e, por isso, negam a divindade de Jesus, que consideram como apenas um dos mensageiros de Alá ao longo da história.

Crença nos Anjos – Para os islâmicos, os anjos são seres honrados, submissos a Deus, mas que, por autorização divina, podem revelar a Palavra de Deus ao homem e até interceder por eles.

A Bíblia mostra não ser possível que um anjo traga uma nova revelação divina, diferente das Escrituras (Gl.1:8), até porque aos anjos não foi dado pregar o evangelho, tarefa destinada aos homens (At.10:22).

Crença nos Livros Sagrados - os islâmicos reconhecem como sagrados a Torá, os Salmos e o Evangelho. No entanto, entendem que a mais importante e completa revelação de Deus é o Corão, que teria sido revelado a Maomé pelo anjo Gabriel, entre os anos de 610 a 632.

O Corão ou Alcorão, em vários pontos, é contraditório com os escritos bíblicos aceitos pelos muçulmanos. Poderia Deus ser contraditório?

O Evangelho aceito pelos muçulmanos não são os Evangelhos do Novo Testamento, mas um livro que teria sido revelado a Jesus.

Exemplos de discrepâncias entre a Bíblia e o Alcorão:

a) sacrifício de Isaque por Abraão – Os islâmicos dizem que o filho era Ismael e não Isaque;

b) nascimento de Jesus – O Alcorão diz que Jesus nasceu junto a uma tamareira no deserto;

c) desenvolvimento de Jesus – O Alcorão diz que Jesus fez Sua primeira pregação ainda recém-nascido, nos braços de Sua mãe, pois nasceu já sabendo falar e pregar;

d) morte e ressurreição de Jesus – o Alcorão diz que Jesus não foi crucificado e, por isso, também não ressuscitou;

e) divindade de Jesus – O Alcorão diz que Deus não pode ter Filho e que Jesus foi apenas um mensageiro de Alá;
f) vida eterna do cristão – O Alcorão diz que os cristãos terão o mesmo destino dos idólatras, ou seja, o inferno

Corão ou Alcorão – revelação do anjo Gabriel a Maomé, ditada entre nos anos 610 e 632, anotada por companheiros e Maomé, mas reunida em um único volume, no reinado de Otmã. Escrito em árabe, não admite tradução. Versões são apenas “explicações do significado do Alcorão”.

O Alcorão é composto de 114 suras ou suratas, cada um dividido em versículos. Tem 6.432 versículos, 77.930 palavras e 323.670 letras.

Crença nos Mensageiros - Segundo os islâmicos, Deus enviou, ao longo da história da humanidade, homens a Sua mensagem, a Sua vontade.

• Maomé teria sido “o último e maior profeta” (33:40).
• Maomé não pode ser o “último e maior profeta” porque:

a) O último profeta foi João Batista – Mt.11:13, Lc.16:16
b) Moisés foi superior a Maomé – Dt.34:10-12
c) Não é possível revelação maior que a do próprio Deus na pessoa de Jesus Cristo – Hb.1:1

Quem é o profeta indicado por Moisés em Dt.18:15-18? Jesus ou Maomé? Jesus, por que:

a) Jesus é israelita; Maomé, árabe
b) Jesus pregou primeiro aos israelitas; Maomé, aos árabes.
c) Jesus tinha as mesmas características de Moisés, a saber:

c1) Erudito, conhecedor das Escrituras; Maomé era analfabeto;
c2) Manso, como Moisés se tornou; Maomé, de manso se tornou violento.
c3) sempre intercedeu por Israel; Maomé se tornou inimigo dos judeus
c4) indicou, como Moisés, com clareza, Seus sucessores; Maomé deixou os islâmicos em dúvida, dúvida que persiste até hoje.
c5) tendo direitos de mando, jamais cedeu à tentação do poder, assim como Moisés: Maomé, porém, sem ter tais direitos, lutou para ter poder.

Crença no Dia do Juízo Final - Os muçulmanos crêem que haverá um dia, o Dia do Julgamento Final (Yaum al-Qiyamah), dia em que Deus ressuscitará todos os homens e os julgará conforme as suas obras.

O Islamismo defende a possibilidade de o homem se salvar por si só, o que é cabalmente desmentido pelas Escrituras - Rm.3:23.

O Islamismo defende uma expiação após a morte:

A idéia islâmica do Paraíso é materialista, pois é lugar onde:

a) há jardins, ao lado dos quais correm rios, onde morarão eternamente;
b) se repousará sobre coxins (almofadas grandes e confortáveis);
c) se terão enfeites e pulseiras de outro e pérola e vestimentas de seda;
d) haverá leitos e onde néctar, néctar mesclado com cânfora de uma fonte, carnes das aves favoritas e frutas deliciosas serão servidos por mulheres castas (virgens) especialmente criadas por Deus para isto com bandejas e copos de ouro.

Crença no Destino:
a) Deus sabe todas as coisas que irão acontecer previamente;
b) Deus escreveu tudo o que já predeterminou a acontecer;
c) Somente acontece aquilo que Deus quer que aconteça, pois nada acontece sem que seja da Sua vontade;
d) Tudo que existe foi criado por Deus e que não existe outro Criador além de Deus.

Embora não neguem o livre-arbítrio do homem, os muçulmanos, com esta sua predestinação, trazem a Deus um caráter injusto, contraditório com o que ensinam os islâmicos.

IV – OS PILARES DO ISLAMISMO

Todo muçulmano tem, também, cinco ou seis deveres a cumprir, deveres estes de que depende a sua salvação:

a) Dar testemunho de que não há outra divindade além de Deus, e que Mohammad é seu Mensageiro – Shahada ou Chahada
b) Prática de orações – Salat ou Salah
c) Pagamento do tributo social – Zakat ou Zakah
d) Peregrinação a Casa de Deus em Meca – Hajj
e) Jejum ritual no mês de Ramada - Saum

Além dos cinco deveres admitidos por todos os muçulmanos, alguns grupos ainda acrescentam um sexto dever:

a) Combate ao pecado no homem interior ou em luta contra os infiéis – Jihad (muçulmanos kharijitas da Idade Média e seguidores das teorias fundamentalistas islâmicas surgidas a partir do século XIX) OU
b) Fidelidade ao Imam (guia espiritual) (alguns grupos de muçulmanos xiitas ismailitas)

Shahada ou Chahada - Cumpre-se este dever aceitando e recitando a profissão de fé do Islamismo. Assim se converte ao Islamismo.

O que a Bíblia ensina?
a) que a conversão começa no homem interior e não no aspecto externo. – Rm.10:9,10.
b) que negar a divindade de Jesus é gesto que leva à perdição – At.4:11,12

Salat ou Salah – Cumpre-se este dever fazendo cinco orações diárias, em árabe, com a sua face voltada para Meca, onde se encontra a Caaba.

O Islamismo exige apenas uma “reza”, algo sem valor diante de Deus – Mt.6:5-8.

Zakat ou Zakah - pagamento de um valor correspondente a 2,5% da riqueza de um muçulmano, que deve ser pago uma vez ao ano, para ajudar os necessitados da comunidade muçulmana. É um ato que purifica o fiel.

O que a Bíblia ensina?

a) que o valor devido pela soberania divina é o dízimo, ou seja, 10% e não 2,5%
b) que o dízimo e as ofertas não representam coisa alguma em termos de purificação, pois só quem purifica o pecador é o sangue de Jesus.
c) que se deve ajudar não apenas os domésticos da fé, mas o próximo, que é qualquer ser humano.

Saum - Todo muçulmano, após atingir a puberdade, obrigatoriamente deve jejuar no mês de Ramada (2:183-185). O jejum ritual ocorre entre o alvorecer e o pôr-do-sol e não se trata apenas de abstinência de alimentação, mas também de manutenção de relações sexuais e de fumo.

O jejum ritual não agrada a Deus, que exige um jejum com propósito, fruto da contrição do coração e que expresse real e sincero arrependimento -Is.58:5,6; Zc.7; Mt.6:16-18.

Hajj - Todo muçulmano adulto, saudável e que tenha condições econômicas deve ir a Meca pelo menos uma vez na vida, entre o oitavo e o décimo dia do mês de Dhu-al-Hijja, o último mês do calendário islâmico.

O que a Bíblia ensina?
a) que não há salvação pelas obras – Rm.3:28; Ef.2:8,9.
b) que os adoradores verdadeiros adoram em espírito e em verdade – Jo.4:21-24

Jihad - O muçulmano tem o dever de lutar e exercer seu máximo esforço em favor da fé muçulmana, da difusão da mensagem de Maomé.

Este esforço dá-se:

a) pelo lado interno (jihad maior) - mediante um combate no homem interior, para impedir a vitória do mal e do pecado na vida de cada um.
b) pelo lado externo (a jihad menor) - mediante o conflito militar, quando se permite atacar um inimigo que não seja muçulmano, via de regra, em defesa da fé, pois o jihad ofensivo seria atribuição única do califa.

Também se considera jihad o próprio sacrifício em prol do bem alheio e, caminhando neste sentido, surgiu a teoria de que o martírio em nome da fé, o suicídio com o intuito de destruição dos infiéis se constitui numa demonstração de jihad.

O que a Bíblia ensina?

a) que o combate contra o mal no homem interior depende da ajuda do Espírito Santo – Rm.7 e 8.
b) que a conversão não se dá pela força nem pela violência, mas pelo Espírito Santo – Zc.4:6
c) que os filhos de Deus são pacificadores e não guerreiros – Mt.5:9

Fidelidade ao Imam - todo muçulmano deve ser fiel ao “imam”, ou seja, ao guia espiritual da comunidade que, embora inferior ao profeta, é superior aos demais mortais.

A constituição de mediadores entre Deus e os homens é condenada pela Bíblia Sagrada – I Tm.2:5.
V – REFUTAÇÃO DO ISLAMISMO E A QUESTÃO DA EVANGELIZAÇÃO DOS MUÇULMANOS

Doutrinas islâmicas e sua refutação bíblica :

a) Unicidade da Pessoa de Deus – Mt.4:16,17; Fp.2:9; Hb.1:1; I Jo.2:23
b) Anjos - At.10:4-6,22; Gl.1:8; Hb.1:14
c) Livros Sagrados - Sl.138:2; Mt.24:35; Jo.5:39; Hb.1:1; I Pe.1:25; Ap.22:18,19.
d) Mensageiros - Dt.34:10-12; Mt.11:11,13; Lc.16:16; Hb.1:1
e) Juízo Final - Ez.18;Lc.16:26; Rm.3:10,23;Ef.2:8,9 Ap.20:11-15
f) Destino - Gn.4:7;Jo.3:16; ITm.2:4; Tt.3:11.

Pilares de Islam e sua refutação bíblica :
a) Shahada ou Chahada - Mt.9:13; Lc.18:14; Jo.3:16; Rm.10:8,9
b) Salat ou Salah – Mt.6:5-8
c) Zakat ou Zakah - Mt.5:41; 23:23; Lc.10:25-37.
d) Saum - Is.58:3-14; Zc.7; Mt.6:16-18
e) Hajj - Jo.4:21-24; Ef.2:8.
f) Jihad - Zc.4:6; Jo.16:8-11
g) Fidelidade ao Imam - Mc.11:22; Rm.5:1

Como explicar o crescimento do Islamismo na atualidade?:

a) falta de liberdade religiosa nos países islâmicos mantém os adeptos naqueles países;
b) liberdade religiosa nos países não islâmicos permite propagação da fé;
c) imigração de islâmicos para os países não islâmicos e alta taxa de natalidade;
d) apostasia crescente e falta de fervor missionário entre os cristãos;
e) fervor missionário aliado a recursos vindos da produção e exportação de petróleo por parte dos países muçulmanos, em especial, Arábia Saudita;
f) despreparo dos cristãos para evangelização dos islâmicos.

Evangelização dos muçulmanos exige conhecimento do Corão e do papel de Jesus na doutrina islâmica:

Sugestão: maior exploração da escatologia islâmica: os muçulmanos crêem que Jesus os libertará do falso profeta (Dijjal), que se levantará pouco antes do juízo final.

A evangelização dos muçulmanos não permite que os cristãos aceitem a tese do “confronto de civilizações” nem tampouco a generalização e o preconceito contra os muçulmanos – atitudes que fomentam ódio e guerra e que, portanto, não são inspiradas por Deus.

VERIFICAÇÃO

1. O que é necessário para se tornar um filho de Abraão?
R. Ter fé em Jesus, isto é, aceitá-lo como Salvador. Deus dá, ainda hoje, a oportunidade para qualquer pessoa tornar-se descendente de Abraão mediante a invocação do nome do Senhor Jesus.
2. Como foi a expansão do islamismo?
R. O islamismo expandiu-se por todo o Oriente Médio, sul da Ásia, norte da África e Península Ibérica. O islamismo expandiu-se pela bravura dos seus guerreiros e pela força de suas espadas.
3. O que disse Abdollah Sarh sobre o Alcorão?
R. Abdollah Sarh dava sugestões sobre o que deveria ser cortado ou acrescentado no Alcorão. Afirmou, certa vez, que se o Alcorão fosse a revelação de Deus, não poderia ser alterado por sugestão de um escriba.
4. Qual o problema do Alcorão sobre o conceito da Trindade Bíblica?
R. O islamismo considera a crença na doutrina da Trindade um pecado imperdoável e confunde essa doutrina como crença em três deuses: Alá, Jesus e Maria.
5. Quais são os cinco pilares do islamismo?
R. 1) Fé em Deus - crer em Alá como único Deus e Maomé como seu mensageiro; 2) Oração - realizadas cinco vezes ao dia; 3) Esmolas - dar esmolas aos necessitados ou fazer atos de caridade; 4) Jejum - jejuar 30 dias no mês de Ramadã; 5) Peregrinação - peregrinação à Meca pelo menos uma vez na vida.

CONCLUSÃO

O islamismo é inimigo da cruz de Cristo. Em muitos países islâmicos é crime um muçulmano se converter à fé cristã. Seus líderes fazem propaganda falsa contra o cristianismo e escondem as fraquezas de sua religião. Nenhum deles fala ao povo que a Trindade bíblica não é a mesma descrita no Alcorão e nem explica o conceito de "Filho de Deus" em o Novo Testamento. É o maior desafio da igreja nos dias atuais.

Fonte: http://www.ibng.com.br

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